quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quero olhar os olhos do outro, e encontrar simplicidade,
Quero ver inocência no brilho dos olhos,
Doçura nas palavras.

Quero me encontrar no olhar do outro.
Sabe o que significa isso?

Meu coração grita. E como grita...

As pessoas são tão lindas. Não sei por que construir um "eu" tão destorcido para exibir por aí.

Por quê?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Alameda Casa Branca

Um pedaço de asfalto não poderia ser tão significativo assim.
Mas eu gosto!

Subindo a alameda, penso que mesmo caminhando sem parar,
quando meu olhar está voltado para baixo, enxergo apenas passos, passos e passos.
Os passos significam muito. Pior seria sem eles.
Mas quando meu olhar se volta para frente, tenho um alvo.
Por menor que seja, percebo que começo a
caminhar mais rápido porque tenho pressa.
Pressa de alcançá-lo.
Olhando para baixo, a distância é a mesma, mas cansa.
Cansa porque não enxergo NADA além de um passo atrás do outro.
Olhando pra frente, a visão é ampla e enquanto caminho,
posso observar tudo ao meu redor.
Fico pertinho de alcançar.

Descendo a alameda... me sinto dona do mundo.
Fico acima das outras coisas. Que sensação boa!
Penso o quanto Deus é maravilhoso e a criação é perfeita.
Sinto paz e me apego a Ele.

Primeiro subo a alameda em busca do alvo.
Depois desço, em tranqüilidade.
Ali, na alameda Casa Branca.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Doce menino

... e quando eu descia a rua da rotatória,
um menino de uns sete anos, muito magro, carregava uma mochila nas
costas, subia de encontro a mim e num ritmo suave, cantava uma canção
que dizia: "...mas quando o dia clarear..."
Ele sorria olhando pra cima e eu, encantada com aquela canção
tão doce, sorri.
Pensei muito na única frase que ouvi o garoto dizer.
"...mas quando o dia clarear..."

Tanta coisa pode mudar, quando o dia clarear...!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

...até que, bem.

"...Cansei de gente posuda.
Gente que equilibra um cigarro em uma mão e uma bebida na outra. Gente que estufa o peito.
E diz não sentir nada. E diz ser acima da dor.
Cansei de gente corajosa que vive amortecida. É muito fácil ter coragem em outro planeta.

Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing.
Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana,
gostar até as duas e 18.
Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar.

Porque eu não quero que você tenha essa pressa ao ponto de ajudar com as próprias mãos.
Eu quero que você sinta esse prazer que chega aos poucos. E mata tudo o que há em volta.
E explode os relógios. E chega aos poucos ainda que você não saiba nem que é pouco nem que é lento. Porque você morre.

Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer.
Porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais. Eu não faço a menor idéia de como é que se senta comportada e se concentra e se fala difícil e se é robô e se é distante.

Eu só queria ter alguém pra vencer comigo esses dias ..."

[Tati Bernardi]

terça-feira, 29 de abril de 2008


Perca 15 minutos do seu tempo, mesmo que preciosos minutos.
Desligue-se de conceitos, deduções e impressões.

Perceba que...
...coisas preocupantes pra você podem não significar nada pra fulano.
E que o erro que vc cometeu na semana passada não passa de um detalhe para uns e outros.
Observe as pessoas.
Tantos preocupados com o tempo, que parece curto...
Outros gastam o mesmo tempo com coisas fúteis. Mas o que te parece ser fútil para alguns, é necessidade para outros.
Um corre aqui... outro pára ali.
Aqueles ainda preservam valores e disciplinas formais.
Esses outros acham que nada pode ser levado muito a sério.
Falando em costumes...Ainda existem aqueles “acostumados a depender”.
Outros...procurando independência. Uns encontram, outros desistem.
Criaturas que geralmente lembram do supérfluo e esquecem do necessário.
Seres humanos viciados em mágoas, mesmo quando dizem ter apagado as recordações.
Outros...que no dia seguinte nem lembram mais.

Talvez essa reflexão dure mais que 15 minutos. Mas é importante entender que ninguém é como você. Outras rotinas, costumes que são reflexos do meio em que fulano ou ciclano vive.

O impressionante é a necessidade de Identidade de cada um.
Que bom!
Existem diferenças...mas saiba respeitar, sempre.
(Foto - Felipe Botelho)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Vou-me embora para Pasárgada!...Lá sou amiga do Rei."

(Manuel Bandeira)